Aproveitei o Carnaval para ler o livro a Revolução Guatemalteca, publicado pela Editora Unesp.
O livro relata a derrota da Revolução de Outubro de 1944, uma revolução democrática e nacionalista, que durou 10 anos e desafiou os interesses da elite local e dos Estados Unidos.
Os números da repressão na Guatemala são assustadores - cerca de 200 mil mortos em 40 anos de ditadura (1954-1996).
Na década de 80, quando a guerrilha de esquerda começou a ter chances reais de tomada do poder, os militares resolveram adotar uma política de "terra arrasada".
Marcavam os vilarejos com três cores diferentes - branco, onde não havia problemas; rosa, onde a comunidade era poupada, mas o governo realizava assassinatos seletivos; e vermelho - em que o exército matava todas as pessoas, inclusive mulheres e crianças.
Álias, as mulheres eram estupradas e as crianças eram atiradas contra rochas na frente dos pais.
Na Guatemala, além da luta de classes, havia o componente do racismo. Os brancos aproveitaram-se da Guerra Fria para exterminar o máximo de índios que puderam.
Há 6 anos
Um comentário:
Para quem se interessar pelo assunto, tem esse artigo acadêmico sobre o tema: http://rebela.edugraf.ufsc.br/index.php/pc/article/view/29
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