O Governo do Presidente Lula colocou o Brasil em uma posição privilegiada para enfrentar a Crise do Capitalismo Financeiro Global.
Um artigo publicado na HSM mostra as razões:
1- as instituições financeiras do país são menos alavancadas (com a relação média de crédito equivalente a cinco vezes o patrimônio); o Índice de Basiléia brasileiro, que mede a relação entre o capital e o crédito ajustado ao risco, é alto (17,6%);
2- há um baixo passivo em capital estrangeiro (11% do PIB);
3- a participação de instituições estrangeiras no Sistema Financeiro Nacional é pequena (23%);
4- o Brasil zerou sua dívida externa líquida (com US$ 207 bilhões em reservas ante US$ 200 bilhões em dívidas);
5- há um baixo volume de crédito concedido (40% do PIB), além de um reduzido volume de crédito imobiliário (2% do PIB);
6- a maior parte das operações bancárias é lastreada em títulos do governo, independendo de capitais externos;
7- e há diversificação das exportações (com 60% destinadas a países em desenvolvimento e 40% às nações desenvolvidas).
Somaria ainda aos itens listados, o fortalecimento do mercado interno pelo:
1- aumento significativo do salário mínimo,
2- aumento do número de empregos com CARTEIRA ASSINADA
3- fortalecimento do Bolsa Família e outros programas sociais
4- fortalecimento da Agricultura Familiar.
No entanto, a verdadeira crise é a ambiental.
E o capitalismo não tem condições de superá-la.
Conforme escrito na Declaração Ecossocialista de Belém, "o único motor do capitalismo é o imperativo rumo ao lucro e logo a necessidade de crescimento constante. Ele cria produtos desnecessários de maneira dispendiosa, drenando os limitados recursos naturais e dando em retorno toxinas e poluição. Sob o capitalismo, a única medida de crescimento é quanto é vendido cada dia, cada semana, cada ano - incluindo vastas quantidades de produtos que são diretamente prejudiciais aos seres humanos e à natureza, produtos que não podem ser produzidos sem espalhar doenças, destruir as florestas que produzem o oxigênio que nós respiramos, devastar ecossistemas, e tratar nossa água e ar como se fossem esgotos do lixo industrial. "
Para superar a crise é necessário superar o capitalismo, mas não com o comunismo produtivista chinês ou soviético. É preciso criar um novo modelo, o ecossocialismo!
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Há 6 anos
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